Matando mais algumas saudades do México, hoje faço um throwback ao dia em que visitei Chichen Itzá, considerada uma das 7 maravilhas do mundo e o cenote Ik Kil.
Os maias eram um povo muito avançado para o seu tempo, prova disso é a pirâmide Kukulcán (o deus do céu), construída sem máquinas, sem bússolas, sem qualquer tecnologia, por volta de 430 a.C., que representa vários calendários maia.
As 4 faces estão alinhadas com os pontos cardeais e representam as 4 estações do ano, cada lado possui 91 degraus que multiplicado por 4 dá 364, mais 1 degrau que se encontra na entrada do templo, obtendo assim os 365 dias do ano e nas suas paredes encontram-se 52 painéis que simbolizam os 52 anos do ciclo de destruição e reconstrução do planeta (segundo as crenças dos mais, e sim, o 21 de dezembro de 2012 foi o 52º ano deste ciclo que tinha acabado e recomeçado em 1960).
No final das escadas existe um cabeça de serpente e todos os equinócios entre as 6 da tarde até o anoitecer, pode-se ver o corpo da serpente a ganhar forma à medida que o sol se põe e preenche os retalhos triangulares da pirâmide (graças a um jogo de luzes e sombras).
Infelizmente, segundo o meu guia, apenas 11% dos turistas que visitam o México vão às cidades arqueológicas, os outros 89% limita-se a ficar de barriga para o ar nas praias o que me entristece um bocado, uma vez que perdem a oportunidade de testemunharem estas provas de que a raça humana consegue ser mesmo incrível e do nada, com poucos recursos e sem bases de conhecimento, constrói sítios assim.
Para aqueles que, como eu antes desta viagem, não sabem o que é um cenote passo a explicar, o México tem uma vasta rede de rios subterrâneos e de vez em quando, devido à instabilidade do solo, formam-se umas cavidades que nos permitem ver partes desses rios.
No tempo da civilização maia, estes sítios eram considerados sagrados, onde por vezes se faziam rituais de sacrifício.
Os tempos passaram e claro que deixaram de sacrificar pessoas e animais, mas os cenotes continuam a ser vistos como lugares muito importantes para os mexicanos, ao ponto de nos aconselharem a fazer um ritual de purificação (que eu fiz) e claro a proibição total de protetores solares e qualquer outro creme que possa contaminar estas águas.
Este cenote tem 130 metros de profundidade, a água é bem fresquinha e foi aqui que em 2010 decorreu a prova Cliff Diving da Red Bull.
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Gostaram? Boa semana ! xx
| Beatriz Baptista |
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